ENTREVISTA MAURICIO CRISTINO (IM MEMORIA).
ENTREVISTA MAURICIO CRISTINO (IM MEMORIA).

    

    

domingo, 22 de abril de 2012

Entrevista com Mauricio Cristino, Presidente da FBERJ

Maurício Cristino é Presidente da Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro desde sua fundação e conhece a realidade deste esporte no Rio como poucos.

ER: Maurício, pode me contar um pouco de sua trajetória até chegar à

Presidência da FBRJ?

MC: Sempre me dediquei ao esporte. Fui atleta na juventude, de atletismo,

futebol e boxe. Sou oriundo do estado de Minas Gerais e aqui chegando

continuei praticando esportes, inclusive o Boxe na Associação Cristã de

Moços, onde estou até hoje. Mesmo seguindo atividade profissional do

campo da construção civil, continuei ligado ao boxe, com antigos

companheiros, já muitos falecidos. Por ocasião da lei que passou a

regulamentar as entidades de cada modalidade específicas, surgiu a

primeira federação específica de Boxe do Brasil. Isto há cerca de 20 anos

passados, na qual fui eleito o primeiro presidente desta entidade a qual

continuo até hoje sempre eleito por aclamação.

ER: Atualmente, quais os clubes/academias federados à FBRJ?

MC: Quando foi constituída a FBRJ, oriunda da antiga Federação de

Pugilismo, só tínhamos três entidades afiliadas. Nos dias atuais, somos 33

unidades entre academias, clubes, associações, etc (ver relação completa

em http://www.boxe-rio.com.br/filiados.asp).

ER: Como sobrevive hoje a federação?

MC: A FBRJ, sobrevive (expressão bem colocada) de suas taxas de

anuidade, cursos de formação de treinadores e eventos, principalmente

em cidades do interior do nosso Estado.

ER: Recentemente, a FBRJ se juntou a outras federações em protesto

contra os governos estadual e municipal que não repassam verbas para os

esportes. Este movimento deu algum resultado?

MC: Até o momento continuamos lutando com esperanças de que esse

movimento alcance um resultado positivo.

ER: A federação recebe alguma verba do governo para promover

competições, lutas, ou criar escolinhas e pagar professores?

MC: Não.

ER: Qual a sua meta e expectativa para o Rio 2016?

MC: A expectativa é que venhamos a melhorar o nosso desempenho

obtendo resultados melhores, pois a Confederação e as Federações estão

trabalhando muito na base com atletas entre 13 e 16 anos.

ER: Como surgem hoje novos talentos no Boxe fluminense?

MC: Os novos talentos surgem com o trabalho na base, atletas infantis e

cadetes. Atualmente contamos com pugilistas infantis e cadetes como

campeões brasileiros.

ER: Qual é a situação do Boxe no interior do estado?
MC: A situação do

Boxe no interior do nosso estado, a nosso ver, é bastante promissor, tendo

em vista a formação de treinadores que vêm do interior fazê-lo aqui no

Rio, e, logo após constituindo as suas entidades que venham a ser nossas

afiliadas. Algumas já estão colocando atletas para competir em nossos

eventos.

ER: Qual a situação do Boxe feminino no Rio de Janeiro?MC: Não tem

muita expressão, pois o número de competidoras é pequeno.

ER: Comparando ao restante do Brasil, a qualidade dos atletas de Boxe do

Rio está na acima, abaixo ou na média?

MC: A qualidade dos atletas do Boxe do Rio de Janeiro, está na média do

Boxe nacional.

ER: Até os anos 80, os clubes de massa do Rio praticavam dezenas de

modalidades esportivas. CR Flamengo e CR Vasco da Gama tinham fortes

escolinhas e equipes de Boxe. Por que estes clubes deixaram o Boxe?

MC: Achamos que a época mudou, pois os clubes, pelo menos os citados,

passaram a se dedicar mais ao futebol profissional

ER: O Esporte Rio acredita que o Boxe poderia ganhar em divulgação e

popularidade se os clubes de torcida voltassem a praticar o esporte. Você

concorda?

MC: Não, pois em data recente, o Vasco da Gama era nosso afiliado e o

trabalho que lá era feito não prosperou. Isto sem contar que o Boxe é um

esporte onde não existem torcidas organizadas, ocasionando com isso

muita disciplina, muita ordem e nenhum tumulto.

ER: Gostaria de deixar algum recado final?

MC: Sim. Como recado final gostaria que as autoridades Municipal e

Estadual, apoiassem mais os esportes olímpicos, conforme acontece com

as confederações, que recebem verbas do Comitê Olímpico.

Postado por Miguel Gonzalez às 00:01 

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Marcadores: BoxeEntrevistas